
TENDA DE UMBANDA
CABOCLA JUREMA FLECHEIRA
Escola Iniciática
A Escola de Formação do Primado de Umbanda usa a terminologia da língua “Nheêngatú” ou “Abanheenga” da nossa Raça Raiz – a Raça Tupy – para identificar os respectivos graus de evolução do corpo mediúnico da tenda e de sua correspondente escala espiritual.
Os participantes da Escola possuem, em seus uniformes, as letras com as iniciais dos respectivos graus em que se encontram atuando, conforme demonstra o quadro abaixo:
Graus Médiuns
7º Grau CCT – (Comandante Chefe de Terreiro)
6º Grau SCCT – (Sub Comandante Chefe de Terreiro)
5º Grau CT – (Chefe de Terreiro)
4º Grau SCT – (Sub Chefe de Terreiro)
3º Grau T – (Terreiro)
2º Grau B (Banco)
1º Grau I (Iniciando)
Aos Guias espirituais que se manifestam (caboclos, pretos-velhos, crianças), também é atribuída uma graduação:
Graus Guias
7º Grau Morubixaba
6º Grau Abaréguassú
5º Grau Abaré
4º Grau Abarémirim
3º Grau Bojáguassú
2º Grau Bojá
1º Grau Bojámirim
Ao Comandante da Organização é atribuída a denominação de PRIMAZ DE UMBANDA, cargo hoje ocupado pelo médium José Ricardo Ribeiro. O Primaz, quando incorporado por sua entidade espiritual, recebe o nome de TUPIXABA, termo indicativo do chefe das tribos tupys, a quem compete todas as ordenações sacerdotais dos novos Comandantes Chefes de Terreiro, além da orientação doutrinária e ritualística.
As tendas que seguem a doutrina do Primado de Umbanda adotam os princípios deixados pelo Caboclo Mirim e seus pares. Tudo é feito com simplicidade, muita disciplina, amor ao próximo e respeito mútuo. No congá, via de regra, somente a imagem de Oxalá (Jesus). Os médiuns trabalham uniformizados, usualmente sem guias. As sessões de caridade incluem preces e curimbas próprias de preparação do ambiente, chamada dos guias e de correspondência ao orixá celebrado, tudo de acordo com a liturgia da Escola.
Todas as sessões têm horário de início e de término, pois o Caboclo Mirim afirmava que todos deviam respeitar as Leis da Terra. Dizia ele que os médiuns estão sujeitos a horários, em virtude de seus trabalhos e compromissos, portanto não podem se submeter a espíritos com pouca disciplina.
A eficácia da Escola do Primado de Umbanda se traduz na solidez das Tendas e Terreiros que adotaram sua doutrina. Muitas dessas Tendas já estão na terceira geração de comando e contam os seus 30, 40, 50 anos de existência.